quarta-feira, novembro 01, 2006

Fome Zero de Informação e Cultura

Todos que vivemos no Brasil real, temos conhecimento das inúmeras mazelas sociais enfrentadas pela maior parte de nossa população, e da importância que políticas compensatórias como o Fome Zero tem para essas pessoas.

Mas preciso concordar e reforçar o que tem declarado o Presidente Lula através da imprensa recentemente. É preciso oferecer cada vez mais, as chamadas portas de saída para programas como esses, promovendo através de estratégias e programas, além do tão sonhado crescimento da economia com sua conseqüente geração de mais emprego e renda, a emancipação cidadã dessas pessoas, fazendo com que elas passem definitivamente a ser sujeitos de seus destinos.

Reconheço que na urgente necessidade de sobrevivência dos que tinham fome no nosso país, era preciso oferecer a essa enorme parcela da população a possibilidade de, parafraseando o que tem sido a cantilena do Presidente desde o primeiro dia do seu/nosso governo, “todo brasileiro poder fazer três refeições por dia”.

Mas agora é chegada a hora de promover uma virada nessa situação. Precisamos todos, governos e sociedade, promover a real democracia no nosso país. É preciso quebrar os grilhões que prendem nosso povo a miséria e a subserviência aos detentores do poder econômico e “intelectual”.

Para mim é muito claro que uma das principais e mais eficientes estratégias de perpetuação do poder na mão dessas elites, tem sido a privação do acesso a informação e a cultura, pois dificilmente um povo pobre, faminto, sem qualificação profissional e sem acesso a informação, se faz forte e capaz de assumir o controle de seu destino.

Por isso, avaliando tudo que já foi alcançado nesse primeiro governo, e olhando pra frente no desejo de enxergar um futuro de justiça social, proponho que busquemos desenvolver o Fome Zero de Informação e Cultura. É preciso libertar verdadeiramente nosso povo, e o único caminho é a educação, a democratização da informação e a valorização e promoção da cultura.

2 comentários:

Anônimo disse...

É verdade Ricardo! E diante de sua frase "É preciso libertar verdadeiramente nosso povo, e o único caminho é a educação, a democratização da informação e a valorização e promoção da cultura" chamo atenção a respeito da base de tudo, a educação, na qual nosso país encontra-se extremamente "machucado". País este que apresenta escolas públicas sem uma educação infantil "descente", com apenas um ano de pré-escola, enquanto nas particulares, há até 4 anos para que o aluno ingresse na primeira série do ensino fundamental ja lendo e escrevendo, que, conseqüentemente, leva-nos a assistir a tristes intitulações como "aluno de escola pública é burro", frase esta, não só proveniente da ignorância do homem, mas, também, do desleixo por parte do governo que toma atitudes não fundamentadas pedagogicamente, um simples exemplo e a não reprovação de alunos, o que gera uma certa comodidade por parte desses discentes, que chegam a quinta série sem saber, nem mesmo escrever seu nome direito, é verdade, existem alunos de quinta série que não sabem escrever seus próprios nomes. E, complementando esse lamentável quadro, que a cada dia vem se agravando, deparamo-nos com escolas públicas que chegam a até 4 turnos por dia, levando a uma diminuição da carga horária de estudos, enquanto na escolas particulares há até, no máximo, 2 turnos. Mas, não pára por aí. Diante do árduo sacrifício para a sobrevivência, os alunos com menos condições financeiras desdobram-se para poderem trabalhar durante o dia e estudar à noite, inclusive, com muito cansaço, o que causa, em muitas vezes, indisposição, o que muito atrapalha na aprendizagem. Enquanto alunos de escolas particulares, em sua maioria, são totalmente bancados por seus pais, tendo com isso, um maior aproveitamento em seus estudos. Um dos resultados desse descaso, dessa injusta "distância" entre alunos de escolas públicas estaduais ou municipais e escolas particulares, que, inclusive, em alguns casos, têm assistência do dinheiro público é a ocupação de vagas nas Universidades Federais, na sua maioria, por parte dos "melhor assistidos", dos "bancados por papais", das "elites sociais". Enquanto, nossos lutadores mais sacrificados perpetuam seus pesados esforços diante de um compromisso de pagamento de faculdades particulares, que para isso precisam continuar trabalhando para sustentá-las. Finalmente, qual o papel das Escolas e Universidades Públicas? É excluir ou incluir? Seria, então, diminuir e "acisentar" os sonhos dos "menos favorecidos"? Seria selecionar as elites, que têm maior condições de estudar tempo integral, nos cursos de medicina, direito, e deixar os de menor renda para os cursos de menos prestígio social? Somos, por acaso, fantoches de pessoas que detêm o poder, que brigam entre si e esquecem dos menos favorecidos? Será que não enxergam que fazemos parte de um mesmo barco, e que com esse barco furado todos se prejudicam? Como pode a gana humana chegar a tanto? A legislação é inspirada pelos direitos humanos ou não? Onde iremos parar com tudo isso? Que acham de investir no pensamento gerado por uma "divina insônia" do nosso amigo Ricardo? (risos) Pois é! A vida é feita de ações e reações, e antes seja a ação positiva à reação negativa. Vamos juntos, como intelectuais orgânicos à busca do resgate, tanto das elites, como do "povão", libertá-los da caverna de Platão, mostrando-os a verdade, o sol. Adriana Cartaxo

Anônimo disse...

É verdade Ricardo! E diante de sua frase "É preciso libertar verdadeiramente nosso povo, e o único caminho é a educação, a democratização da informação e a valorização e promoção da cultura" chamo atenção a respeito da base de tudo, a educação, na qual nosso país encontra-se extremamente "machucado". País este que apresenta escolas públicas sem uma educação infantil "decente", com apenas um ano de pré-escola, enquanto nas particulares, há até 4 anos para que o aluno ingresse na primeira série do ensino fundamental ja lendo e escrevendo, que, conseqüentemente, leva-nos a assistir a tristes intitulações como "aluno de escola pública é burro", frase esta, não só proveniente da ignorância do homem, mas, também, do desleixo por parte do governo que toma atitudes não fundamentadas pedagogicamente, um simples exemplo e a não reprovação de alunos, o que gera uma certa comodidade por parte desses discentes, que chegam a quinta série sem saber, nem mesmo escrever seu nome direito, é verdade!, existem alunos de quinta série que não sabem escrever seus próprios nomes. E, complementando esse lamentável quadro,que a cada dia vem se agravando, deparamo-nos com escolas públicas que chegam a até 4 turnos por dia, levando a uma diminuição da carga horária de estudos, enquanto na escolas particulares há até, no máximo, 2 turnos. Mas, não pára por aí. Diante do árduo sacrifício para a sobrevivência, os alunos com menos condições financeiras desdobram-se para poderem trabalhar durante o dia e estudar à noite, inclusive, com muito cansaço, o que causa, em muitas vezes, indisposição, o que muito atrapalha na aprendizagem. Enquanto alunos de escolas particulares, em sua maioria, são totalmente bancados por seus pais, tendo com isso, um maior aproveitamento em seus estudos. Um dos resultados desse descaso, dessa injusta "distância" entre alunos de escolas públicas estaduais ou municipais e escolas particulares, que, inclusive, em alguns casos, têm assistência do dinheiro público é a ocupação de vagas nas Universidades Federais, na sua maioria, por parte dos "melhor assistidos", dos "bancados por papais", das "elites sociais". Enquanto, nossos lutadores mais sacrificados perpetuam seus pesados esforços diante de um compromisso de pagamento de faculdades particulares, que para isso precisam continuar trabalhando para sustentá-las. Finalmete, qual o papel das Escolas e Universidades Públicas? É excluir ou incluir? Seria, então, diminuir e "acisentar" os sonhos dos "menos favorecidos"? Seria selecionar as elites, que têm maior condições de estudar tempo integral, nos cursos de medicina, direito, e deixar os de menor renda para os cursos de menos prestígio social? Somos, por acaso, fantoches de pessoas que detêm o poder, que brigam entre si e esquecem dos menos favorecidos? Será que não enxergam que fazemos parte de um mesmo barco, e que com esse barco furado todos se prejudicam? Como pode a gana humana chegar a tanto? A legislação é inspirada pelos direitos humanos ou não? Onde iremos parar com tudo isso? Que acham de investir no pensamento gerado por uma "divina insônia" do nosso amigo Ricardo? (risos) Pois é! A vida é feita de ações e reações, e antes seja a ação positiva à reação negativa. Vamos juntos, como intelectuais orgânicos à busca do resgate, tanto das elites, como do "povão", libertá-los da caverna de Platão, mostrando-os a verdade, o sol. Adriana Cartaxo